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A indústria tecnológica asiática dominando o mundo!

Atualizado: 17 de out.

Assim como no mercado automotivo, países asiáticos e a sua indústria tecnológica tendem a desbancar países mais tradicionais na produção de tecnologia médica


linhas de produção de automóveis e de equipamentos médicos de última geração; indústria tecnológica asiática

Neste planeta extremamente globalizado em que vivemos, as diversas tecnologias avançam rapidamente. Na verdade parece que, mesmo entre diferentes continentes, a velocidade de intercambio está cada vez mais expandida dadas as conexões existentes neste mundo digital.


Nesse sentido, tenho refletido sobre a grande capacidade de absorção e evolução de tecnologias que a indústria tecnológica asiática em geral têm demonstrado. Me pergunto como isso se reflete na industria médica - e me parece que o caminho percorrido é o mesmo de outros segmentos. Para chegar a essa conclusão venho me baseando na jornada da indústria automobilística.


Décadas atrás alguns países asiáticos, como o Japão e a Coréia do Sul, iniciaram um processo intenso de investimento em tecnologia de ponta, ao mesmo tempo em que trabalharam na melhoria da qualidade e confiabilidade de produtos. Hoje os carros asiáticos têm se destacado por inovação e integração tecnológica. Eles são altamente reconhecidos como compactos, de engenharia confiável e relação custo X benefício muito atraente. Parecem desenhados em torno do cliente, atendendo as necessidades básicas de funcionamento na sua totalidade como ponto focal. Foram os primeiros a investir em tecnologia híbrida e direção autônoma, por exemplo.


Já os carros ocidentais continuam muito mais direcionados ao conceito de luxo, desempenho e experiencia do motorista. No aspecto design os chineses e demais asiáticos são mais compactos, enquanto europeus e americanos continuam apostando no clássico e no luxo, oferecendo acessórios que encarecem o produto final. Como consequência desta jornada percebemos também no Brasil, como recorte e amostra do resto do mundo, que os antigos gigantes players (GM, Ford, VW e Fiat), outrora dominantes do mercado, perderam espaço, share of market e reconhecimento de marca. Você pode até contestar o design de alguns modelos asiáticos, mas é impossível discordar de sua qualidade e confiabilidade. E mais: com uma proposta de valor X preço bem mais adequada do que a oferecida por americanos e europeus. Chego a conclusão de que essa mudança de protagonismo está relacionada com o atendimento às necessidades do cliente. Os asiáticos, após adquirirem o conhecimento e a tecnologia, como quintal industrial do mundo que são, foram mais rápidos na operacionalização de seu portfólio.


Talvez num ritmo mais lento do que vimos em relação os produtos de consumo nestas últimas décadas, mas certamente com a mesma força e qualidade, essa jornada se repete na área médica em muitos aspectos, a meu ver. Países emergentes como India, China e outros asiáticos - e até mesmo o Brasil - já são grandes produtores de equipamentos médicos, pois alcançaram um nível de tecnologia muito parecido com o dos países ocidentais mais “tradicionais". Estes países já dominam as tecnologias para segmentos importantes, como os equipamentos de suporte a vida - monitores de beira de leito, ventiladores, foco cirúrgico, camas etc. Já não há mais barreiras tecnológicas. Os chineses já são os maiores produtores de monitores e ventiladores do mundo, superando EUA e Alemanha.


Na área de imagem, essa transformação começou vários anos atrás, inclusive no Brasil, com as tecnologias baseadas em raio X. China, nesse aspecto, impulsiona os emergentes, pois já domina há alguns anos a tecnologia de fabricação de tomografia, angiografia, PeTCT e, principalmente, ressonância magnética, a estrela dos equipamentos de diagnóstico por imagem. Hoje o país já é o maior fabricante de ressonância magnética do planeta - a tecnologia para isso foi dominada pelos chineses devido à intensa absorção de conhecimento proveniente do ocidente desde o movimento de abertura chinês, quando diversas multinacionais ocidentais investiram em fábricas na China. A estrutura de supply chain do país é notável, não simplesmente com relação à máquina, mas também com relação a seus acessórios. Hoje, as companhias chinesas investem pesadamente na otimização de processos de montagem/fabricação e no desenvolvimento de novos softwares administrativos e clínicos. Como na indústria automobilística, os chineses dominarão o mercado mundial de chassis (magneto), motor (gradientes) e tecnologia de informação (softwares clínicos).  A confiabilidade vai aumentando cada vez mais e veremos que a base instalada de RMs deverá cada vez mais dar lugar aos equipamentos de fora do eixo Europa – EUA. Aqui, o que vale é atender a necessidade focal do paciente com a melhor relação custo X benefício.


Conforto e rapidez, mas com o custo adequado. 




(Daurio Speranzini Junior ; Daurio Speranzini Jr ; Daurio Speranzini ; Daurio Speranzini Junior CEO GE ; CEO Daurio Speranzini Junior ; CEO Daurio Speranzini Jr General Electric ; Executivo da GE Daurio Speranzini Jr)

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